Florianópolis tem pontos de descarte irregular de lixo pesado

Em um amplo relatório iniciado em dezembro, a Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap) identificou 122 pontos de descarte irregular de lixo pesado em todas as regiões de Florianópolis. De acordo com o presidente da entidade, Ronaldo Freire, os materiais jogados fora incluem sobras de pequenas reformas das residências, eletrodomésticos, sofás e colchões.

Para o presidente, esses produtos são descartados “de uma forma criminosa, eu diria. Contra o meio ambiente”. Segundo ele, no mês de janeiro houve a remoção de mil toneladas de lixo pesado na cidade. O caminhão da coleta de entulho passa por cada bairro uma vez por ano. No Itacorubi, na Ilha, e no Monte Cristo, no Continente, foram abertos recentemente os primeiros locais para depósito desse tipo de material na cidade de Florianópolis pela população. Outros dois pontos estão em estudo e mais um em fase de implantação.

A Comcap reconhece que é preciso ampliar a rede de pontos de entrega voluntária de lixo pesado, mas falta também educação por parte dos moradores. A cerca de 100 metros de um dos dois únicos pontos em Florianópolis, o descarte irregular de lixo pode ser encontrado.



Em uma localidade do bairro Estreito, no Continente, a mesma situação pode ser constatada. “Este local fica totalmente cheio de lixo”, afirma o funcionário da Comcap, Ruan Santos. Ele conta que vê entulhos, peças de automóveis e sofás. E, pelos objetos descartados e os carros que param na frente, ele garante que a postura não é exclusiva de uma ou outra classe social. “A grande maioria que joga aqui fim de semana tem poder aquisitivo pra descartar no local certo”, completa.

Na Via Expressa, em uma das margens, a situação é a mesma e moradores se desfazem do lixo de forma irregular. “A maioria desse material poderia ser reaproveitado”, afirma o gerente de recolhimento do departamento de Limpeza Pública, Patrick Coelho. “Assim a gente evitaria de mandar para o aterro sanitário e pagando as altas taxas que se tem para depositar nesses locais hoje”, completa.

Cada tonelada custa R$ 108. “Eu vejo que pessoas mais velhas fizeram isso a vida toda. É difícil colocar na cabeça delas essa mudança, mas, na geração dos seus filhos e netos, isso pode sim acontecer”, afirma o gerente do departamento de Remoção da Comcap, Ricardo Nunes.



Fonte: G1





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