Grevistas abandonarão atendimento nos hospitais se governo usar força policial em Florianópolis

O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Público Estadual e Privado de Florianópolis (Sindsaúde) informou ontem, 12, que “os servidores da Saúde em greve se afastarão dos hospitais públicos e unidades ambulatoriais, no caso de uso de força policial em qualquer das unidades, passando a responsabilidade pelo atendimento dos pacientes à Secretaria de Estado da Saúde”.

Isso porque o Governo do Estado de Santa Catarina solicitou e a Justiça determinou que os servidores se mantenham à distância de 200 metros de sua unidade de trabalho, e o SindSaúde quer cumprir a ordem judicial.

Impasse

A audiência pública convocada pela Comissão da Saúde da Assembleia Legislativa (Alesc), em Florianópolis, na última quarta-feira, 7, para discutir as reivindicações dos servidores estaduais da Saúde terminou sem uma decisão final sobre a greve no setor.



Representantes do governo afirmaram ser impossível a concessão de reajustes e mantiveram a posição de não negociar enquanto a categoria não voltar ao trabalho, o que não foi aceito pelas entidades que representam os servidores.

O movimento grevista teve início no dia 23 de outubro, com a paralisação de cerca de 800 servidores. Desde então, segundo o Sindsaúde, os serviços de urgência e emergência vêm sendo mantidos, além do atendimento aos pacientes já internados.



Os demais serviços, como consultas e exames, estão suspensos, bem como as cirurgias eletivas já agendadas. Duas liminares da Justiça determinam a manutenção de 70% dos serviços de saúde e que os grevistas se mantenham a 200 metros das unidades hospitalares.

O governo promete não negociar enquanto os funcionários não voltarem ao trabalho, enquanto o Sindsaúde afirma que os servidores só retomam as atividades com uma proposta salarial.

Fonte: De Olho na Ilha





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