Peixe Gigante é encontrado morto na Beira-Mar Norte, em Florianópolis

Um mero foi encontrado morto boiando na Beira-Mar Norte, em Florianópolis, na última quinta-feira (27). Trata-se de uma espécie considerada criticamente ameaçada de extinção, segundo a IUCN (International Union for Conservation of Nature), organização internacional que monitora a presença das espécies no mundo.

A Polícia Militar Ambiental fez a coleta do animal que mede cerca de 2,50 metros de comprimento. Segundo informações do Projeto Meros do Brasil, o animal pesa 200kg. A expectativa é que seja um peixe com cerca de 40 anos de idade e que seja um dos maiores exemplares já avistados no Brasil, segundo Maurício Hostim Silva, professor da Universidade Federal do Espírito Santo e um dos fundadores do Projeto Meros do Brasil.

Equipes do Projeto Meros do Brasil vieram para Florianópolis para fazer a análise do peixe e tentar identificar a causa da morte. “Ainda não sabemos o que pode ter causado a morte do peixe. Estamos esperando ele chegar para verificar se há alguma perfuração de bala, se houve alguma tentativa de pesca. Também vamos coletar material biológico, como escamas, vísceras, para ver se tem alguma anomalia e identificar a idade e sexo dele”, explica Silva.



O pesquisador explica que nesta época do ano os meros se agrupam próximos a costões para se reproduzir. Por este motivo, eles ficam vulneráveis e acabam sendo alvo da pesca ilegal.

O mero é considerado símbolo de preservação no Brasil, comenta Silva. “Antigamente havia muita incidência desta espécie em várias regiões, mas os próprios pescadores começaram a observar que eles passaram a desaparecer e nos avisaram. Hoje, a pesca do mero é proibida no país”.

Este peixe pode atingir cerca de 2,50 metros de comprimento, mas já houve relatos de pescadores que viram exemplares de até 3 metros. O mero está presente em várias regiões do Atlântico Ocidental, desde o Sul do Brasil até o estado da Flórida, nos Estados Unidos. Segundo o pesquisador, ele vive em águas rasas, de até 90 cm de profundidade.



Fonte: G1





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