Bloco Baiacú de Alguém apresenta crítica social ao trânsito em Florianópolis

Há 21 anos um grupo de amigos participou do Bloco dos Sujos, no Centro de Florianópolis, e decidiu montar o próprio bloco. Nascia o ‘Baiacú de Alguém’, que se apresentou neste sábado (9), em Santo Antônio de Lisboa. Neste ano, a folia estava programada para ocorrer na sexta (8), mas a chuva atrapalhou os planos do grupo, que se reuniu em um espaço fechado e ainda assim comemorou o carnaval.

Depois da chuva, a apresentação foi transferida e, neste sábado, foi a falta de luz que quase impediu a saída do bloco para a avenida. Às 20h40, quando os foliões já se concentravam para iniciar a festa, a energia elétrica voltou no bairro. Enquanto isso, crianças, jovens e adultos não pararam de descer a ladeira que leva ao local da apresentação.

A psicóloga da cidade de Florianópolis e professora universitária Daniela foi uma das fundadoras do bloco. Segundo ela, no início do grupo era formado por cerca de 30 pessoas, sobretudo psicólogos, sociólogos e professores. “O nome veio dessa reunião. Queríamos algo regional, por isso pensamos no baiacú, um peixe típico da região, mas que, por possui veneno, costuma ser rejeitado.



Associamos à exclusão social e à crítica que gostaríamos de fazer. Depois começamos a brincar: mas esse baiacu é de quem? Tem que ser de alguém. Surgiu o Baiacú de Alguém”, conta ela.

Neste ano, o tema da apresentação é uma crítica ao trânsito da capital catarinense. As alegorias incluem a reprodução de uma ‘senha’. “É como se os motoristas, por causa do engarrafamento, tivessem que pegar uma senha para passar a Ponte Colombo Salles e a Pedro Ivo Campos”, explica Daniela.  Uma espécie de peça teatral abre a apresentação. Os atores, conforme Daniela, são alunos da Associação Cultural Baiacú de Alguém, que oferece oficinas de arte e música, como teatro, violão e percussão.

O bloco se apresenta novamente nesta segunda-feira (11), a partir das 21h.



Fonte: G1





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